quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Triângulo das Bermudas: apesar dos avanços científicos, mistério continua

Cientistas creem que Triângulo das Bermudas não é única área na terra a provocar os mesmos fenômenos


Apesar de não existir nos mapas oficiais e não termos ideia como chegamos a ele, o fato é que ele existe. O Triângulo das Bermudas é uma expressão criada por Vincent H. Gaddis, escritor e investigador que se especializou nos fenômenos inexplicados e misteriosos, para definir uma zona onde estranhos acontecimentos têm acontecido. Foi ele quem publicou um dos primeiros artigos sobre o assunto em 1964, na Revista Argosy, e a partir de então, o Triângulo começou a ser estudado.

Também conhecido como “Triângulo do Diabo”, sua localização fica próxima à costa do Sudeste dos Estados Unidos, no Oceano Atlântico, e suas extremidades atingem as proximidades de Bermuda, Miami, Flórida e San Juan, em Porto Rico. Ele cobre cerca de 1,295 milhão de quilômetros quadrados.

Um número significativo de desaparecimentos inexplicáveis de aviões, navios e pessoas aconteceram nos últimos 100 anos no Triângulo das Bermudas. O total exato de desaparecimentos ninguém sabe afirmar, a guarda costeira dos EUA, no entanto, alega que a área não tem um número incomum de incidentes.

O mistério do Triângulo, provavelmente, começou com o primeiro desaparecimento a tomar um bom espaço na mídia, o vôo 19, em 1945, quando cinco aviões Avengers da Marinha norte-americana desapareceram na área. As especulações sobre o incidente e a lembrança de casos semelhantes deixaram muita gente curiosa e logo a mídia passou a explorar o assunto em livros, filmes e programas de TV.

O livro “O Triângulo das Bermudas”, do escritor americano Charles Berlitz, vendeu cerca de 20 milhões de exemplares, levantando hipóteses como a de que naves alienígenas teriam abduzido as embarcações desaparecidas. Com o crescente interesse popular, os cientistas começaram a buscar uma resposta plausível.

A solução do mistério

De acordo com pesquisa publicada em 2010 no “American Journal of Physics”, a responsável pelos desaparecimentos misteriosos pode ser a presença do gás metano nos solos dessas regiões. O professor Joseph Monaghan e o estudante David May, ambos da Universidade de Melbourne, na Austrália, correlacionaram os desaparecimentos com o desprendimento de bolhas gigantes de gás metano do solo da região através de estudos computadorizados.

Bruce Denardo, físico da Escola de Pós-Graduação Naval de Monterey, nos Estados Unidos, explica a hipótese: "A liberação do metano reduz a capacidade de flutuação de um navio e pode afundá-lo", diz Denardo. Portanto, além do risco de naufrágio, explosões poderiam ser provocadas pelo gás ao atingir a atmosfera. "Por ser uma forma bruta do gás de cozinha, o metano pode entrar em combustão com a faísca de um motor de barco ou avião", afirma o geólogo Carlos José Archanjo, da Universidade de São Paulo (USP).

Todas essas conclusões só foram possíveis devido aos estudos realizados por Ivan T. Sanderson na década de 60. Sanderson notou que o termo "Triângulo" não era o mais adequado para definir a região em que foram registrados tantos desaparecimentos e que, além da delimitação do triângulo, existiam mais onze regiões semelhantes na superfície do globo, que se posicionam em distância igual umas das outras. Dois exemplos são o território do mar do Diabo, no Japão, e do mar da Tasmânia, ao largo da costa sudeste da Austrália, onde fenômenos estranhos também acontecem.

Para verificar a hipótese do gás, Joseph e David fizeram o experimento, construindo um grande tanque cheio de água e lançaram grandes bolhas de gás metano a partir do fundo do tanque em direção a um navio de brinquedo, flutuando na superfície da água, para simular as regiões da terra, onde navios e aviões, supostamente, desapareceram ao longo do século passado.

Os dois descobriram que as consequências sobre o navio dependerá da sua posição em relação à bolha. Se estiver suficientemente longe da borda da bolha ou diretamente sobre ela poderia navegar de forma segura, mas se a bolha estourar próxima ao navio, formando uma coluna de água em alta velocidade, ele pode afundar.

Outro detalhe, é que se a bolha de metano for grande o suficiente e se o navio estiver perto do centro da bolha quando ela surgir, cada tripulante a bordo é asfixiado pelo gás. Isso explicaria casos onde navios foram encontrados no Triângulo, com todos a bordos mortos, sem um arranhão.

O que ainda ninguém descobriu é porque essas bolhas de metano surgem das profundezas do oceano, despontando sobre a superfície do mar. Enquanto isso, o melhor é não arriscar se perder entre elas e fazer parte das estatísticas dos desaparecidos.

NB

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Iminência de explosão populacional preocupa cientistas

Com quase sete bilhões de habitantes, o planeta tem sofrido com impactos ambientais de grandes proporções

 
Quando Mark R. Montgomery, economista americano associado ao Conselho Populacional de Pobreza, iniciou sua carreira, na demografia, no começo dos anos 80, a população mundial era de 4.8 bilhões de pessoas. Já naquela época, estudiosos se perguntavam como a terra teria recursos para dar conta de um contingente populacional tão grande.
No final desse mês, de acordo com as projeções feitas pela ONU (Organização das Nações Unidas), seremos  sete bilhões de pessoas dividindo o planeta, em um momento em que passamos por uma constante mudança climática e ameaças ambientais. Cabe ressaltar que este número não é uniformemente distribuído pelo planeta, e que as transformações não atingem da mesma forma e com igual intensidade as várias regiões do globo.
Onde estão localizadas essas regiões? Quem são seus moradores? Pode parecer estranho, mas ainda não existem respostas para essas perguntas, segundo Montgomery. Ele explica que seria necessário encontrar informações sobre todos os locais existentes. “Precisaríamos de uma varredura completa de todos os locais, até mesmo os mais escondidos. E esse dado ainda é defasado, pois os locais muito isolados ainda não foram encontrados”, explica.
A adaptação à mudança do clima é um dos temas de maior discussão do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC - Intergovernmental Panel on Climate Change) da ONU. Geralmente, as discussões globais são mais focadas na identificação dos responsáveis pelas emissões de gases tóxicos que provocam o efeito estufa e destroem a camada de ozônio, e como fazer para diminuí-los sem reduzir a margem de lucros. Estudos apontam que a abordagem deve mudar. Agora, deve-se procurar saber como e qual parcela da população será mais atingida pelas mudanças climáticas.
A influência da grande massa em efervescência
Deborah Balk, pesquisadora da Universidade da Cidade de Nova Iorque, argumenta que para avaliar o impacto decorrente do crescimento populacional é necessário ter acesso a todas as proporções demográficas: natalidade, mortalidade, idade e a migração. Isso parece óbvio, mas, na prática, ainda é uma grande dificuldade. “As adaptações vem sendo trabalhadas sobre dados demográficos muito vagos”, comenta.
Uma maneira de estimar melhor os futuros danos é ter um controle sobre a taxa de natalidade. Caso contrário, segundo o integrante da ONU, Thomas Buettner, o cenário estimado de nove bilhões para 2050 pode ser uma ilusão. “Bastará que a natalidade permaneça 0,5 ponto acima do previsto para que a população chegue a 10,5 bilhões”, aponta.
Outro dado é que o número de pessoas com mais de 60 anos será triplicado, passando dos atuais 606 milhões para dois bilhões da metade do século. O número de indivíduos acima de 80 anos subirá de 69 milhões para 379 milhões. O Brasil está entre os seis países que terão mais de dez milhões de pessoas nessa faixa etária.
Destruição do meio ambiente, urbanização anárquica e alimentação serão preocupações consideráveis se não houver acompanhamento controlado do crescimento populacional. A escassez de água já é uma realidade em muitos locais. De acordo com dados da ONU, calcula-se que cerca de 150 milhões de pessoas já vivem com quantidade de água reduzida e para 2050 o cálculo pode chegar a um bilhão.
Hania Zlotinik, da área de divisão populacional do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais, acredita que a situação poderia ser pior. “Nós poderíamos ser dez bilhões, e somos sete. Fornecer recursos para que todas essas pessoas possam viver bem já é outro desafio”, considera.

NB

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Brasil precisa correr para sediar com sucesso a Copa de 2014

Quarta edição do Rock in Rio, realizada nos últimos dias, serviu para ressaltar certas deficiências na infraestrutura da cidade
Por Rômulo Pontes
romulo_pontes@hotmail.com

Em menos de três anos o Brasil vai sediar novamente, mais de 60 anos depois, a principal disputa do futebol, a Copa do Mundo. Mas, praticamente, as doze cidades-sede brasileiras ainda apresentam problemas que ameaçam comprometer o sucesso do evento. Embora os líderes do nosso governo afirmem que tudo estará pronto a tempo, muitas notícias que provam o contrário pipocam na mídia diariamente.  Em contraponto, o setor hoteleiro e econômico do Brasil nos deixa otimistas.

Segundo a Secretaria da Copa de Minas Gerais, a rede de hotéis em Belo Horizonte, uma das cidades-sede, deverá crescer 60% até 2014, o equivalente a 50 mil novos leitos a um raio de 100 km de BH disponíveis para o evento. A Fifa exige 21 mil leitos disponíveis, levando em conta a porcentagem mínima de 30% que o estádio de Mineirão comporta (69 mil lugares) e a baixa oferta de novos hotéis em Belo Horizonte era motivo de preocupação.

Já o Estádio Mané Garrincha em Brasília-DF, uma das referências para a Copa, foi eleito pelo Comitê Organizador Local da Copa como modelo para instalações no entorno das arenas do Mundial, como centros de mídia e áreas de exposição comercial sobre 200 mil m² de espaço livre nos arredores. Tudo deve ficar pronto até dezembro de 2012 e espera-se que este seja o primeiro estádio do país a conseguir um selo de certificação ambiental por possuir uma estrutura capaz de gerar energia limpa e captação de água da chuva. As obras já avançaram 35% e estão em dia de acordo com o cronograma determinado pela Fifa.

Porém, outras regiões do Brasil que também receberam os jogos da Copa do Mundo não estão com resultados tão satisfatórios. Segundo um estudo divulgado pelo Instituto Trata Brasil em setembro deste ano, Manaus, Recife, Natal e Cuiabá são as cidades-sede que apresentam as piores condições de saneamento básico, com menos de 40% do esgoto coletado.

A capital do Amazonas, por exemplo, é a pior da lista. “Comparado com serviços como luz e água, cujos índices de atendimento são bastante altos, o esgoto é sempre o último a chegar às residências brasileiras”, diz Marcelo Côrtes Neri, coordenador da pesquisa da FGV. Em geral, 50% das pessoas têm rede de esgoto nas residências.

Quarta edição do Rock in Rio serviu para apontar falhas na infraestrutura carioca
O Rock In Rio, realizado durante as duas últimas semanas no Rio de Janeiro, destacou a falta de infraestrutura da capital fluminense em receber grandes eventos. A mobilidade urbana e o acesso à Cidade do Rock, localizada na Barra da Tijuca, foi um dos principais transtornos para quem precisava se locomover pela cidade para chegar ao evento. Segundo Fernando MacDowell, professor de engenharia da UFRJ, a falta de planejamento é um problema na preparação do Rio de Janeiro para a Copa do Mundo de 2014, e consequentemente para as Olímpiadas de 2016.

Já a cidade de São Paulo receberá a abertura da Copa e o estádio do Itaquerão vai ser responsável pelo pontapé inicial dos jogos. Por enquanto, o desafio é construir a linha de trem rápido São Paulo-Rio-Campinas e novas linhas de monotrilho, que ligarão os aeroportos da cidade às outras linhas de metrô existentes.

Os aeroportos de Congonhas e Guarulhos, por exemplo, receberão respectivamente R$ 165 milhões e R$ 1,4 bilhão para investimentos em reformas e construção de novos terminais para poder atender a grande demanda do evento esportivo. Certamente, todas a estrutura do país gerada para a Copa do Mundo será aproveitada para os Jogos Olímpicos de 2016, incluindo arenas multiuso projetadas especificamente para as outras categorias desportistas e outras já existentes construídas para o Pan de 2007.

O Ministério do Turismo lançou um site para promover as 12 cidades-sede com o objetivo de apresentar os pontos turísticos brasileiros com visualizações panorâmicas e a possibilidade de interação do internauta. Conheça a nova ferramenta através do link www.braziltour360.com.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Motoristas da capital paulista parecem finalmente acordar

O Programa de Proteção ao Pedestre tem trazido resultados promissores e mais respeito nas ruas

Por Rômulo Pontes

A CET informou recentemente um número que parece trazer mais segurança para quem transita, principalmente a pé, em São Paulo. O número de atropelamentos registrados na região central da capital paulista reduziu 71% desde o início do Programa de Porteção ao Pedestre, criado pela Companhia de Engenharia e Tráfego.

O número divulgado considera a comparação entre o período de 11 de maio a 30 de junho de 2008 a 2011.
Neste período de 2011, foram registradas sete mortes, ante duas vítimas no mesmo período de 2010.

As ruas do centro e da região da avenida Paulista ainda contam com funcionários que orientam os pedestres nas travessias, o que reduziu ainda mais os acidentes.

O Programa de Proteção ao Pedestre começou em maio deste ano na região central da cidade e na avenida Paulista. No dia 8 de agosto o desrespeito ao pedestre começou a ser multado na região. No dia 1º e setembro, a campanha foi ampliada para toda a cidade e, no dia 19 de setembro, as multas passaram a ser aplicadas.

A campanha tem o objetivo de reduzir entre 40% e 50% os atropelamentos e mortes de pedestres até 2012. Em 2010, a cidade de São Paulo contabilizou 7.007 atropelamentos, resultando na morte de 630 pedestres.
                                                                                          Luiz Carlos Murauskas/Folhapress
Pedestres têm o auxílio de orientadores durante a travessia

A Companhia de Engenharia e Tráfego ainda estuda implatar uma ferramenta de iluminação LED, alimentadas por sistema solar nas faixas de pedestre, facilitando a visualização dos lugares de travessia. As faixas de pedestre estão sendo pintadas e revitalizadas em toda a cidade e semáforos eletrônicos serão implantados, elevando em 20% a oportunidade de travessia para os pedestres. Até o mês de agosto, 425 semáforos antigos foram trocados pelos eletrônicos.

Parece que quem está frente ao volante está prestando mais atenção aos que estão por perto, à pé. Mas isto não deveria ocorrer porquê multas estão sendo aplicadas por desrespeitar os direitos dos pedestres. A educação ao volante deveria estar garantida ao adquirir a carteira de habilitação, afinal, todo motorista se torna pedestre ao sair do veículo.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Passeata contra aumento de tarifa de ônibus é mais relevante do que aparenta.



As 21h15 de ontem cerca de mil jovens estudantes excursionaram pela Avenida Brigadeiro Luis Antônio após sair da Avenida Paulista em protesto contra aumento da tarifa de ônibus em São Paulo. O movimento só foi terminar por volta das 22h30 na Rua Vergueiro, acompanhado por policiais que detiveram três pessoas por porte de bombas caseiras e alguns outros utensílios como estilingues. O ato é uma manifestação organizada pelo Movimento do Passe Livre (MPL), um movimento social que visa reivindicar a migração do transporte privado para um sistema público, qual permita passe livre para toda a população. A partir dessa idéia é questionado o ato de ir e vir e as possíveis melhorias do transporte diante do aumento populacional em conjunto com a organização estrutural urbana. Não é apenas uma passeata por diminuição de custos, mas uma busca pela necessidade da mudança política onde os principais agentes batalhadores dessas mudanças somos nós. Nós. Que somos todos os dias transportados em condições desumanas sob rotina frenética e caótica numa cidade, como São Paulo, considerada a 5º maior do mundo, mas a 117º em qualidade de vida no ranking mundial, segundo a fonte Mercer. A evolução não está de acordo com a necessidade de tamanho crescimento e ainda nos cobram, injustamente, por isso. Acompanhar as taxas da economia vira um pretexto para os aumentos constantes sem melhorias efetivas. E é, através da união populacional, que alguma coisa pode mudar, pois, a força governamental não pode ser maior que a força do povo. Até parece um pensamento utópico, mas não deveria. Grandes ditadores caíram por conta disso. E quem nos representa (votados por nós) não deve ignorar nossas reivindicações ou, pelo menos, não deve nos privar do direito de questionar. Vamos aguardar esperando que o desfecho não seja frustrado e, se assim o for, precisamos continuar caminhando rumo à busca de melhores resultados.

NB

Pra quem quer saber mais sobre o Movimento Passe Livre (http://mpl.org.br/)
E dessa vez as fotos foram de Rômulo Pontes via webphone.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Chuva em São Paulo parece não ter solução.

                            18:10, Cruzamento da Avenida Rebouças com a Avenida Brigadeiro Faria Lima

Nessa quarta-feira, 16 de fevereiro, o paulistano sofreu para chegar ao destino desejado e grande parte não chegou. A partir das 15hrs, aproximadamente, a chuva caiu forte durante quase 2 horas, causando transbordamentos de rios, quedas de árvores, desligamento de faróis e pontos de alagamento (registrados, pela CET, 69 ao todo). O caos novamente instalado. Somos surpreendidos quando vemos locais que nunca tínhamos visto alagados antes, completamente intransitáveis. A cidade já não consegue reagir  às tempestades  previsíveis para o período. E quem sofre com isso é a população. Nesse caso, não somente os dependentes dos transportes coletivos como toda a massa que utiliza as vias públicas. O estresse causado por essas situações na vida do brasileiro, é um dos fatores que faz o país ser o 2º do ranking do 'estresse extremo na população', segundo a ISMA-Brasil (Internacional Stress Management Association). Ficamos atrás somente do Japão. Ou seja, uma questão coletiva inclusive, de saúde, pois, está cientificamente comprovado, que os 'estressados' tem mais chances de sofrerem alterações, principalmente, cardíacas. Chuvas descontroladas e a notável falta de estrutura para uma cidade em que ninguém consegue organizar. Só nos resta assistir as árvores fora dos seus lugares e ter paciência para não fazer parte das estatísticas participativas do ranking que, por sinal, não é nenhum orgulho de quase se liderar.

NB


sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

1984, de George Orwell: Ele preveu o futuro?

Publicado em 1949, um dos romances mais conhecidos do autor inglês Eric Arthur Blair (pseudônimo, George Orwell) merece destaque pela sua grande abrangência crítica sobre as limitações do homem inserido em um sistema totalitário. Resumidamente, a história é contada em torno do Sr. Winston, que vive numa sociedade completamente controlada pelo Estado e pelos interesses ideológicos de um Partido. Vigiados 24 horas por dia, o ato de pensar, diferentemente dos demais, significava a grande chance de não existir por muito tempo. Livros históricos, notícias de jornais e até mesmo a própria arquitetura não escapavam do manuseio articulado que visava a total manipulação de informações. Coinscidência ou não? Atualmente a coisa não é muito diferente. Pode não ser explícita, mas é ocultamente presente. Somos também vigiados nessa era tecnológica de câmeras espalhadas e satélites inteligentes. Ficar imperceptível nos lugares, já não é muito garantido. Você pode estar sendo filmado agora! E o que você consome? É só olharmos para os meios de comunicação em massa, inclusive para os maiores e mais poderosos, para notarmos que a ficção se tornou mera realidade. Na verdade isso não é nenhuma novidade, principalmente para quem tem a mínima formação conceitual das coisas mas, infelizmente, a grande maioria é, cotidianamente, 'metralhada' por excessos e amparada por falsas expectativas, conduzidas por informações que vão de encontro aos mínimos que são beneficiados enquanto essa mesma sociedade não questionar o meio em que vive. E será que foi previsão mesmo? Ou apenas a evolução de um sistema que há muito já existe e só foi reformulado? Vamos consumir melhor. Já que estar no sistema "big brother" é inevitável. 

Boa leitura!

NB